sábado, 30 de abril de 2011

O sapinho surdo*

Todas as pessoas são convocadas a participar da corrida da vida, que promete grandes prêmios para aqueles que chegarem ao objetivo proposto. No entanto, quantos se dispõem a correr? A grande maioria se contenta em manter-se na naturalidade básica de seu ser, como meros observadores da corrida que os outros empreendem. 

domingo, 17 de abril de 2011

Nenhum compromisso com a mediocridade

Não tenho nenhum compromisso com a mediocridade. A simplicidade, muitas vezes, é apenas a desculpa do preguiçoso. Porém, alguém que tenta fazer as coisas de maneira um tanto mais requintada é sujeito à inveja, pois os que não se dispõem a fazer querem o mesmo louvor.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

No site Genizah, Hermes Fernandes escreveu um artigo criticando os cristãos que se colocam frontalmente contra o homossexualismo, chegando a citar um eventual cristão, conhecido dele, que teria afirmado que os homossexuais deveriam morrer e coisas do tipo. Naquele artigo, o pastor afirma, categoricamente, que os que ele chama de puritanos têm os homossexuais como inimigos públicos, e que acreditariam que Jesus, se fosse hoje, não protegeria aquela mulher adúltera que estava para ser apedrejada pelos fariseus.

Bom, todas conclusões tiradas de sua fértil imaginação, já que eivadas de erros de análise; senão vejamos:

1º - Inocentemente, ele confunde crítica à agenda homossexual com ataques contra o homossexual. São coisas completamente diferentes. Os movimentos homossexuais têm um programa de inserção de suas ideias e cultura próprias na sociedade, o que vem sendo implantado há muito tempo. Por meio de filmes, novelas e até do jornalismo, há uma tentativa de fazer com que a sociedade realmente aceite seu modo de vida como algo absolutamente normal, como se esse estilo de conduta não causasse qualquer dano às pessoas e à comunidade. O que muitos cristãos têm feito é apontar o perigo dessa inversão de valores, mostrando os prejuízos físicos, psíquicos e morais que ela acarreta.

2º - Ele ironiza com o alerta dados pelos cristãos sobre o que têm chamado de "ditadura homossexual" - isso se referindo a já tão falada PL 122. Ocorre que qualquer conhecedor elementar do Direito sabe que a Lei, como ela está redigida, cria uma mordaça, impedindo, a partir dela, qualquer referência mais contundente contra a forma de vida homossexual. Se isso não é ditadura, é o quê?

3º - Por ignorância ou deliberadamente, ele reproduz os dados de assassinatos de homossexuais ocorridos ultimamente. Apenas não leva em conta que esses dados são levantados pelos próprios movimentos homossexuais e que são números completamente inchados, pois não consideram o motivo dos crimes, mas apenas as mortes. Ora, se um homossexual morre ele entra para as estatísticas de crimes homofóbicos, ainda que ele tenha morrido por outra causa qualquer. Sem levar em consideração que muitos são mortos pelos próprios parceiros sexuais, o que caracterizaria uma homofobia gay, o que é um absurdo! Portanto, quando ele fala que "a cada dois dias um homossexual é assassinado no Brasil por conta de sua opção sexual" ele mente, consciente ou inconscientemente, mas mente.

4º - Ele dá a entender, ainda, que há uma pregação de ódio contra os homossexuais. No entanto, apenas cita um conhecido seu que tenha falado alguma coisa mais contundente contra eles, ainda assim, pelo que parece, em uma conversa bem irresponsável. Ele não cita, nem poderia citar, nenhum líder cristão, ou pensador cristão, que pregue ou incite ódio contra os homossexuais. Isso é uma irresponsabilidade! Acusação de ódio é coisa muito séria! Falar e não provar merecia um belo de um processo criminal. E não é só ele, mas muitos outros defensores da agenda homossexual fazem isso e ficam impunes.

Eu não sei, e nem me interessa, qual é a motivação de Hermes Fernandes para escrever esse texto. Porém, se não for uma deliberada vontade de favorecer a já bem adiantada agenda gay, ele está servindo como um bom idiota útil para ela.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Sinceramente, não consigo me indignar contra os pastores da chamada Teologia da Prosperidade. Não porque eu acredite que o que eles fazem é certo, ou ache seus objetivos justos. Nada disso! Apenas tenho a convicção de que eles não roubam ninguém. Eles não colocam a mão na carteira de ninguém. Nem mesmo escondem suas próprias identidades, mas, pelo contrário, estão com seus rostos e nomes bem estampados por aí.

Não consigo me indignar porque do lado de cá do púlpito há uma legião de pessoas que está entregando seus bens e dinheiro na esperança de ter um retorno multiplicado do "investimento". Se são otários, não é porque colocam suas posses na mão de líderes ferozes, mas porque acreditam, sinceramente, que Deus vai retribuir-lhes em muito maior quantidade.

Na verdade, não são manipulados pelos pastores, são manipulados pelos seus próprios desejos e ambições. Os pastores são apenas a desculpa, inconsciente, para eles apostarem na sorte, como apostariam na loteria federal ou em uma casa de bingo.

O brasileiro tem o péssimo costume de acreditar que o povo é um pobre coitado, massa de manobra das elites (antes capitalistas) agora religiosas. Besteira! O povo faz aquilo que deseja e acredita no que quer. Bons líderes existem, pregadores justos existem, a Palavra verdadeira é pregada em muitos templos, mas o que boa parte das pessoas quer é a facilidade, o ganho fácil, o retorno.

O problema do brasileiro não é ser bobo, é ser esperto demais. Claro que toda esperteza aguda se transforma, automaticamente, em estupidez. Mas é isso mesmo. Ele quer levar vantagem, ele quer ganhar sem suar, ele quer que Deus lhe entregue a multiplicação de sua confiança.

Os líderes da prosperidade? Apenas descobriram que há clientes para o seu ramo de negócios.