sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Sacrifício Vivo (Culto Racional)

Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”
(Romanos 12.1)

O sangue e a morte eram os componentes reais do sacrifício praticado no Velho Testamento. Por eles, através da entrega do corpo do animal a ser abatido, era concedido o perdão divino. Tudo, no entanto, era figura do sacrifício definitivo, oferecido pelo próprio Cristo. Ele, que entregue e morto, derramou seu sangue, e agora de maneira definitiva, para o perdão dos pecados dos homens. Não há mais, portanto, necessidade de qualquer sacrifício de morte, pois o de Jesus Cristo foi perfeito e perpétuo. Então, quando Paulo faz a analogia, exortando pela oferta dos próprios corpos como sacrifícios vivos, ele o faz com referência não ao sangue, nem à morte, mas aos outros componentes compreendidos no ato de sacrificar.

O sacrifício no Velho Testamento compreendia a entrega de um animal sem defeitos para ser abatido diante do altar do Senhor. Lançando mão desse conhecimento, o apóstolo conclama o povo cristão a, como se fazia com animais, que eles se façam a si próprios: entreguem-se plenamente ao Senhor de suas almas. A analogia, portanto, é perfeita. Retirando os componentes de sangue e de morte, restam a entrega total, a sujeição plena e a resignação. Como cordeiros, Paulo anima os cristãos a oferecerem a si mesmos como sacrifício, alienando-se totalmente diante de Deus, submetendo-se completamente à Sua vontade, aceitando plenamente o destino traçado por Ele. Não cabe ao sacrifício discutir os altos desígnios de Deus, mas, obediente e submisso, deitar-se no altar eterno, deixando com que o fogo do Senhor o consuma e o purifique.

O que se pede, à maneira dos antigos sacrifícios, é que ele seja santo e agradável. Separados deste mundo, separados para Cristo, esta é a santidade requerida. Como Jesus mesmo disse, não somos este mundo e não temos parte com ele1. Portanto, a separação é requisito essencial do sacrifício moderno. Apenas assim, na verdade, tornar-se-á agradável, pois é a separação que o torna puro, pois passa pela justificação de Cristo. É agradável porque é da maneira como Deus espera.

A exortação de Paulo é séria e a analogia perfeita. Quem deseja ser cristão e agradar a Deus não pode se contentar em servi-Lo desleixadamente, entregar as sobras e não as primícias ou não oferecer o que tem de melhor em si. Não se deve oferecer pão imundo, animal cego, coxo ou enfermo, pois Deus não aceitará a oferta das mão de quem assim procede2. Sim, precisamos ser puros na intenção e sem defeitos no juízo. Apenas assim agradaremos ao Senhor.

O culto, ou seja, a oferta, o louvor, a dedicação devem ser realmente compreendidas como um ato ofertório consciente. O chamado culto racional, o logiken latreian (λογικην λατρειαν), nada mais é do que a oferta consciente da própria vida no altar de Deus. É consciente porque se dá pela compreensão de quem é Jesus Cristo e qual o seu papel na economia salvífica do Evangelho. É racional porque não se dá por meio de um salto gnóstico, pelo qual a verdade se descortina como em mágica, mas, sim, através da conscientização progressiva de nossa posição diante de Deus, compreendida, principalmente, na revelação de Jesus Cristo.

Sacrifício vivo, enfim, é o homem que, conscientemente e sem reservas, se dispõe a ser devorado pelo fogo salvador do céu.


1João 17.14
2Malaquias 1.7-10

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Todo pecado é idolatria

No Velho Testamento há um tensão constante entre a fidelidade do povo ao Deus único, o Senhor Jeová, e os deuses existentes na cultura dos outros povos. Não poucas vezes os próprios judeus decaiam para a idolatria, ou seja, o culto daqueles ídolos. Em vários momentos, os profetas alertam para a fúria do Senhor Jeová, que recrimina o seu próprio povo por agir com infidelidade, adorando ídolos estrangeiros.

Mas quem são esses ídolos? Na verdade, ninguém, pois sabemos que o ídolo nada é no mundo1. Portanto, o que Deus desaprova não tem nada a ver com uma disputa com deuses menores, mas, sim, recrimina a intenção infiel do povo. Ao cultuar outros deuses, ainda que apenas criações culturais e religiosas, o homem substitui Deus, com todos os seus preceitos e determinações, por práticas estrangeiras que nada tinham em comum com o zelo do Deus de Israel. Ao fazerem isso, o verdadeiro Deus é rejeitado, pois não é possível dividir sua glória com qualquer outro ser. Sua glória, Deus não dá a outro, nem permite que seu louvor seja dado a imagens de escultura2.

Nós, homens de um tempo que não mais crê na existência de deuses, como criam os antigos, longe de acharmos que, por isto, estamos isentos do pecado da idolatria, devemos prestar atenção no que consiste, realmente, esse pecado. Não existe a idolatria putativa3, isso porque o pecado de idolatria se efetua na intenção do agente e não na realidade do deus menor. Idólatra é aquele que, ao invés de dar a glória ao único Deus verdadeiro, a outro a dá, ou a algum objeto.

Na verdade, o cerne da idolatria é o servir a deuses estranhos4. Cometer o pecado da idolatria é deixar de servir a Deus, o único Senhor verdadeiro, para servir a outros senhores. Ora, Jesus Cristo mesmo disse que ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom (riquezas)5. Sendo assim, não há como entender de outra forma: sempre que servimos a algum outro ou a alguma outra coisa, além de Deus, estamos cometendo idolatria.

Independentemente de servir a um ídolo propriamente dito (um santo, uma entidade, um espírito), o qual se imagina exista e pode atuar no mundo ou servir alguma outra coisa qualquer, ainda que saiba inexistente ou inanimada, quem assim fizer estará incorrendo no pecado da idolatria. Porque cometer idolatria é, simplesmente, ter algo como seu senhor antes de Deus. Se algo tem e proeminência na vida de uma pessoa, e ela serve a isso com mais dedicação do que a Deus, certo é que o que ela faz pode ser considerada uma atitude idólatra.

Deus é o único senhor na vida de um cristão. Todas as outras coisas, se praticadas, usadas, usufruídas, devem assim ser sob a condição de nos fazerem servir a esse único Senhor. Não é possível, como o próprio Jesus afirma, nem mesmo tentar dividir a prestação do serviço, ainda que se imagine que está servindo a Deus mais que aos outros. Isso não existe! Só deve haver um senhor! Falando de uma maneira bem direta: quem tentar servir a Deus e alguma outra coisa ao mesmo tempo fará tudo bem mal e porcamente.

Mas falando assim, para quem não entende a profundidade do cristianismo, talvez pareça um exagero. Afinal, precisamos viver, ter experiências, nos divertir. É bem possível, pensam, ser um bom servo de Deus e continuar vivendo normalmente, com cada área de sua vida cuidada de uma maneira especial: a Deus o que é de Deus, ao trabalho o que é do trabalho, ao casamento o que é do casamento, aos filhos o que é dos filhos.

Acontece que tal pensamento não tem fundamento, pois baseado em premissas falsas. Quem assim pensa acredita que cada área da vida de uma pessoa é parte fragmentada, que pode ser cuidada separadamente, sendo em nada afetada pelas outras partes existentes. Não entende que somos apenas um só, seres individuais, não fragmentários, que devem sua existência a um outro ser, este porém Supremo. Sendo individuais, unos, não há como separar a vida em estanques apartados, pois, de qualquer maneira, devemos tudo ao mesmo Ser Eterno, e a Ele damos conta de todas as coisas. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez6. Se tudo é por Ele e para Ele, de quem é tudo e para quem nós vivemos7, nada, absolutamente nada, nem o mais ínfimo ato, nem o pensamento guardado no mais recôndito de nossa memória, estão fora do senhorio de Cristo em nossa vida. Tudo é para Ele, para que em tudo tenha a preeminência8.

O que fazemos, para Cristo fazemos. Tudo é, de uma maneira ou de outra, uma consagração a Deus. Por isso, nada tem a preferência antes do Senhor. Há um só Deus, um só Senhor9, apenas um a quem se deve servir. Todas as outras coisas confluem para Ele, direta ou indiretamente. Se alguma coisa há, em nossa vida, que consideramos que Cristo está totalmente apartado, podemos ter a certeza que ali reside o pecado, que ali se configura a idolatria.

Considerando, portanto, que pecar é não fazer a vontade de Deus, e isso significa não servi-lo, mas a outro, podemos afirmar, sim, que todo pecado é idolatria. Então, todas as vezes que pecamos, devemos nos sentir alertados como o povo do Antigo Testamento, que ouvia de Deus a voz de sua ira ao vê-los agindo como adúlteros, oferecendo a outros deuses o que pertencia somente a Deus.

Sejamos gratos àquele que tudo nos concedeu, inclusive a nossa própria existência, oferecendo a Ele de volta, como servos fiéis, e não como usurpadores, o amor, a dedicação e o culto devidos. Entreguemos nossa vida, como sacrifícios vivos10, no altar de Deus, entregando-lhe não apenas uma religiosidade exterior, não apenas uma parte da nossa vida, mas todo o nosso ser em consagração a Ele. Não vivendo como idólatras, que servem a outros deuses, mas como servos piedosos, que em tudo dedicam suas próprias vidas ao louvor do Deus Eterno.

(aula para os alunos da classe de batismo)


1I Coríntios 8.4
2Isaías 42.8
3Putativo é algo atribuído a alguém de maneira falsa, ou praticado por total engano do agente que, sem saber, não tinha possibilidade alguma de cometer tal ato.
4Josué 24.20
5Mateus 6.24
6João 1.3
7I Coríntios 8.6
8Colossenses 1.18
9Efésios 4.5
10Romanos 12.1

domingo, 24 de outubro de 2010

Repasso essa informação, porque é de extrema importância.

Será votada, na ONU, a chamada Resolução da Difamação da religião, a qual, diferente do que pode parecer, seria um salvo-conduto para países, principalmente islâmicos, dentro de seus territórios, perseguirem pessoas de outras religiões.

Abaixo segue a explicação sobre essa resolução, tirada diretamente do site do Portas Abertas.

Para assinar a petição contra a resolução, clique aqui.

Logo, escreverei um artigo sobre essa tática, que é muito parecida com outras imposições que tentam ser feitas, inclusive aqui no Brasil.

Aliás, apenas para variar um pouco, o Brasil está na lista dos países que se abstêm na votação, diferente dos países mais civilizados.

Segue o texto:

1. O que é a Resolução da Difamação da Religião?

A resolução foi apresentada e votada de várias formas e sob vários nomes desde 1999. Espera-se que ela seja votada novamente na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em dezembro de 2010. A primeira campanha da Difamação da Religião realizada pela Organização da Conferência Islâmica (OIC, em inglês), teve como alvo a “Difamação do islã”, mas posteriormente, voltou a ser considerada como “Difamação da Religião” para receber apoio de vários países. Até este ano, o islamismo foi a única fé especificamente mencionada nas resoluções do Conselho dos Direitos Humanos da ONU e que foi aprovada pela Assembleia Geral. Em março de 2010, uma nova versão foi apresentada ao Conselho. Mais uma vez era referente à islamofobia, mas também incluía a menção ao anti-semitismo e cristianofobia e foi votada como lei por uma pequena maioria. Porém, proteger o islã é claramente o foco da resolução.

2. O que está errado com a Resolução da Difamação da Religião

A Resolução da Difamação da Religião busca criminalizar palavras ou ações consideradas contra uma religião em particular, nesse caso, o Islã. Embora os proponentes justifiquem que o conceito da “difamação de religiões” proteja a prática religiosa e promova a tolerância, ela, na verdade, promove a intolerância e viola a liberdade de religião e de expressão para as minorias religiosas – especialmente cristãos.
Os direitos humanos são exatamente isso – direitos pertencentes a indivíduos – mas essa resolução procura dar esses direitos a uma religião específica. Ela vai contra a lei dos direitos básicos que existem para proteger os seres humanos, não as crenças religiosas ou os sistemas.
A Resolução da Difamação da Religião tem o poder de dar legitimidade internacional para leis nacionais que punem a blasfêmia ou, por outro lado, proíbem críticas a uma religião. Por exemplo, a lei da blasfêmia em alguns países tem sido usada para justificar ações que restringem seletivamente dissidentes civis, proíbe a critica de estruturas políticas e restringe os discursos religiosos das comunidades de fé minoritárias, afasta membros de crença majoritária e pessoas de fé religiosa. Sob essas leis, acusações criminais foram impostas contra os indivíduos por difamação, insulto, ofensa, afronta e blasfêmia ao islã, que frequentemente

3. A perseguição está realmente acontecendo?

Sim!

Paquistão:

As leis de blasfêmia no Paquistão são geralmente usadas de forma abusiva pelos muçulmanos como ferramenta de vingança contra cristãos e outras minorias em disputas por terras e outras questões. Nenhuma prova é necessária para acusar alguém de blasfêmia e levar essa pessoa à prisão.

Em 3 de março, Ruqqiya Bibi e seu marido Munir Masih foram sentenciados a 25 anos de prisão sob a Seção 295-B do Código Penal paquistanês por profanar o Alcorão. Eles foram presos pela polícia de Mustafabad em dezembro de 2008 por tocar no livro sagrado do islã sem se lavar conforme o ritual. A punição por profanar o Alcorão é prisão perpétua, o que equivale a 25 anos no Paquistão.

O casal foi acusado de usar o Alcorão para magia negra, e que durante o processo, Ruqqiya tocou no livro sem passar pelo ritual de limpeza. Também foram acusados de escrever o credo do islã nas paredes de sua casa. O advogado deles disse que a acusação surgiu de uma discussão entre crianças muçulmanas e cristãs que acabou em um conflito entre seus pais.

Sudão:

Outro incidente de abuso das leis da “difamação da religião” que teve muita publicidade foi um caso ocorrido em novembro de 2007, no qual uma professora britânica foi sentenciada a 15 dias de prisão por “insultar a religião”, após ter nomeado um ursinho de pelúcia “Maomé”. O nome foi escolhido em homenagem a um aluno popular na classe chamado Muhammad.

4. O que a Portas Abertas Internacional está fazendo?

A Portas Abertas Internacional está organizando uma ação que faz parte da campanha Free to Believe para conscientizar as pessoas sobre a ameaça dessa resolução para a liberdade religiosa e para impedir que ela seja votada na Assembleia Geral das Nações Unidas.

Isso inclui:

A Portas Abertas Internacional está organizando uma petição global para coletar assinaturas em todo o mundo em apoio à liberdade religiosa e recomenda que a Resolução da Difamação da Religião seja rejeitada.
A Portas Abertas está trabalhando de forma diplomática nas Nações Unidas.

Muitos escritórios da Portas Abertas em diferentes países estão influenciando seus governos a destacar o assunto e aumentar a pressão para assegurar que muitas outras nações votem contra a resolução.

5. Por que é urgente?

A Resolução da Difamação da Religião tem sido apresentada na Organização das Nações Unidas desde 1999. Porém, tem havido uma diminuição significante no apoio à resolução nos últimos anos e existe uma grande chance de que ela seja rejeitada este ano. Ações conjuntas neste momento podem fazer toda a diferença.

Tentativas de influência consistentes, as ações populares e a consciência da mídia sobre o assunto são necessárias para alcançar o equilíbrio e, finalmente, derrotar a resolução. Até que seja rejeitada, ela continua dando legitimidade à legislação nacional como as leis de blasfêmia no Paquistão, que são usadas para restringir a liberdade religiosa, principalmente aos cristãos.

6. Relatório de votação da reunião na Assembleia Geral da ONU ano passado:

O esboço da resolução da difamação da religião (documento A/64/439/Add.2, parte II) foi adotado pela Assembleia Geral da ONU pelo registro de votos de 80 a favor, 61 contra, com 42 abstenções, conforme segue:

A favor: Afeganistão, Argélia, Angola, Azerbaijão, Barein, Bangladesh, Barbados, Belarus, Butão, Bolivia, Brunei, Camboja, Chade, China, Comores, Congo, Costa do Marfim, Cuba, República Democrática Popular da Coreia, República Democrática do Congo, Djibuti, Domínica, República Dominicana, Egito, El Salvador, Eritreia, Etiópia, Gabão, Guinea, Guiné-Bissau, Guiana, Indonésia, Irã, Iraque, Jordania, Cazaquistão, Kuweit, Quirguistão, República Democrática Popular do Laos, Líbano, Líbia, Malásia, Maldivas, Mali, Mauritânia, Marrocos, Moçambique, Mianmar, Namíbia, Nicarágua, Níger, Nigéria, Oman, Paquistão, Filipinas, Catar, Federação Russa, São Vicente e Granadinas, Arábia Saudita, Senegal, Cingapura, Somália, África do Sul, Sri Lanka, Sudão, Suriname, Suazilândia, Síria, Tadjiquistão, Tailândia, Togo, Tunísia, Turquia, Turcomenistão, Uganda. Emirados Árabes Unidos, Uzbequistão, Venezuela, Vietnã, Iêmen.

Contra: Andorra, Austrália, Áustria, Bélgica, Bulgária, Canadá, Chile, Croácia, Chipre, República Tcheca, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Geórgia, Alemanha, Grécia, Hungria, Islândia, Irlanda, Israel, Itália, Latvia, Listenstaine, Lituânia, Luxemburgo, Malta, ilhas Marshall, México, Micronésia (estados federais), Mônaco, Montenegro, Nauru, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Palau, Panamá, Papua Nova Guiné, Polônia, Portugal, República da Coreia, República da Moldávia, Romênia, Santa Lúcia, Samoa, São Marino, Sérvia, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Suécia, Suíça, República da Macedônia, Timor Leste, Tonga, Ucrânia, Reino Unido, Estados Unidos, Uruguai, Vanuatu.

Abstenção: Albânia, Antigua e Barbuda, Argentina, Armênia, Bahamas, Belize, Benin, Bósnia e Herzegovina, Botsuana, Brasil, Burquina Faso, Burundi, Camarões, Cabo Verde, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guine Equatorial, Fiji, Gana, Grenada, Guatemala, Haiti, Honduras, Índia, Jamaica, Japão, Quênia, Lesoto, Libéria, Malawi, Ilhas Mauricio, Mongólia, Nepal, Paraguai, Peru, Ruanda, São Cristóvão e Neves, Trindade e Tobago, Tuvalu, Tanzânia, Zâmbia.

Ausente: República Central Africana, Gâmbia, Quiribati, Madagascar, São Tomé e Príncipe, Seicheles, Serra Leoa, Ilhas Salomão, Zimbábue.

7. Quais países fazem parte da Organização da Conferência Islâmica?

Afeganistão, Albânia, Argélia, Azerbaijão, Barein, Bangladesh, Benim, Brunei, Burquina-Faso, Camarões, Chade, Comores, Costa do Marfim, Djibuti, Egito, Gabão, Gâmbia, Guiné, Guiné-Bissau, Guiana, Indonésia, Irã, Iraque, Jordânia, Cazaquistão, Kuweit, Quirguistão, Líbano, Líbia, Malásia, Maldivas, Mali, Mauritânia, Marrocos, Moçambique, Níger, Nigéria, Oman, Paquistão, Palestina, Catar, Arábia Saudita, Senegal, Serra Leoa, Somália, Sudão, Suriname, Síria, Tadjiquistão, Togo, Tunísia, Turquia, Turcomenistão, Uganda, Emirados Árabes Unidos, Uzbequistão, Iêmen.

Divulgue em sua Igreja

Ajude a conscientizar as pessoas sobre a ameaça contra a liberdade religiosa compartilhando sobre a campanha Free to Believe com seus amigos, sua Igreja e seu pequeno grupo. Participe e incentive o maior número de pessoas a assinar a petição.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Conservador: um horror!

No Brasil que é teu e meu
muito menos é um horror
um homem dizer-se ateu
do que um conservador.

O Estado é paternal,
o governo encardido,
e o eleitor que se dá mal
com o político bandido

O sindicato é uma máfia,
a justiça uma piada,
a universidade só empáfia
e a escola abandonada.

Assaltados por impostos,
abusados pelos juros,
não poupam nem os mortos,
nos carregam como a burros.

No Brasil que é teu e meu
muito menos é um horror
um homem dizer-se ateu
do que um conservador.

Todo mundo é marxista,
da polícia fala mal,
tem milico comunista,
tudo aqui é sem igual.

Tem padre esquerdista,
bispo liberal,
pastor que é abortista,
uma igreja anormal

Cristão que é progressista,
católico espiritualista,
mulher crente feminista,
puritano hedonista

No Brasil que é teu e meu
muito menos é um horror
um homem dizer-se ateu
do que um conservador.

Todo mundo qué rezistro
Na carteira pra trabaiá
Quem não tem ela assinada
É um pária, sai pra lá

Cesta-base, aviso-breve
Tique-alimentação
Brasil, um país de todos
que do governo comem na mão

Bolsa aqui, Bolsa acolá
que compra o voto do peão
que assim sem trabalhá
não compra nem Luis Vintão*

No Brasil que é teu e meu
muito menos é um horror
um homem dizer-se ateu
do que um conservador.

Aqui, ninguém pode ser culto,
desse todos falam mal,
pois é quase um insulto
saber mais que um animal

Estudo só certificado
pra emprego arrumar
ou concurso pro Estado
pra de suas tetas mamar

Um sonho: aposentadoria
pro churrasco aproveitar,
no futebol a alegria
de quem só pensa em descansar

No Brasil que é teu e meu
muito menos é um horror
um homem dizer-se ateu
do que um conservador.

Militar é condenado
Pelo zelo e por civismo
Guerrilheiro indenizado
por usar de terrorismo

Conservador é um ET
Por ninguém é compreendido
Que não é só contra o PT
mas contra qualquer partido

Pois aqui só há esquerda,
Socialismo universal.
A moral sofreu sua perda
Lembra um grande carnaval

No Brasil que é teu e meu
muito menos é um horror
um homem dizer-se Deus
do que um conservador.


* eu tinha colocado Lui Vitão, mas a sugestão do Edson Camargo (www.profetaurbano.blogspot.com), Luis Vintão, é muito mais legal.


postado por Fabio Blanco às 11:44

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Escravos da Verdade

"É preciso entregar-se de todo o coração para que a verdade se entregue. A verdade só está a serviço de seus escravos".

A.-D. Sertillanges, no livro 'A Vida Intelectual'

sábado, 16 de outubro de 2010

Manifesto Revolucionário Evangélico - parte 2

Ao ser confrontado pelo próprio autor do Manifesto Evangélico por um Processo Eleitoral Ético, por e-mail (o qual eu não publicarei, por ter sido enviado de maneira privada), vi-me na necessidade de responder-lhe. Assim o fiz. Abaixo segue a minha resposta.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Manifesto Revolucionário Evangélico

Começou a circular na internet um tal de Manifesto Evangélico por um Processo Eleitoral Ético, provavelmente gerado pelo sr. Ariovaldo Ramos (pois é dele a primeira assinatura), o qual conclama, principalmente, os evangélicos, a assinarem tal carta, a fim de manifestarem o seu repúdio aos caminhos que tem sido levado o processo eleitoral brasileiro.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Jesus Cristo absorveu a Lei

Já comentei sobre Romanos 10.4, que diz que Jesus Cristo é o fim da lei. Quero apenas fazer um adendo àquele comentário, afinal, ainda percebo muita confusão em relação a isso.

Muitos judeus messiânicos, querendo argumentar em favor da manutenção normativa da Torá, acabam por interpretar esse termo, fim, não como um término, mas apenas como finalidade. Segundo eles, a palavra fim (τελος) pode significar término, como também finalidade, e eles optam pela segunda a fim de justificar a permanência da Torá.

O que eles não compreendem é que toda finalidade denota um término, quando seu objetivo é atingido. Por exemplo, a finalidade do alimento é alimentar e, ao cumprir essa função, está ele extinto. A finalidade da tesoura é cortar o cabelo, e quando este é cortado, ela é abandonada. Aí alguns vão dizer: mas quando o cabelo crescer ela será usada de novo. Porém, tal analogia não seria perfeita, porque  se, no caso, Cristo é a finalidade, não pode ser comparado analogicamente com algo que necessita ser feito outra vez. A obra de Cristo é eterna e feita uma vez apenas. Ele como finalidade da Lei torna esta desnecessária, pois seu objetivo fora cumprido e não será necessária mais uma vez para isso.

O problema é que sempre citam o outro texto, de Mateus 5.17, no qual Jesus diz que veio cumprir a Lei. Não atentam, porém, que o cumprimento da Lei é exatamente a sua finalidade, ou seja, sua satisfação. Aliás, esse é o sentido da palavra em grego (πληρῶσαι), que significa preenchimento, satisfação.

Também não observam que aquilo que é a finalidade não necessariamente abole o que passou, mas absorve. Jesus Cristo não, simplesmente, aboliu a Torá, mas a absorveu para si, sendo Ele o cumprimento dela. Com isso, também, fica compreensível a idéia de eternidade da Torá. Sim, ela é eterna, mas agora em Cristo, que a absorveu e a cumpriu. 

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A sanidade da humildade

"Somente os humildes é que são completamente sãos, pois apenas eles é que vêem claramente o seu próprio tamanho e as suas limitações"

A. W. Tozer, no livro 'Este Mundo: lugar de lazer ou campo de batalha?'

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O Desabrigado

"Pois quem quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a vida por minha causa e pelo evangelho, a salvará" Mc 8.35

Na complexidade da vida, os caminhos mais perfeitos nem sempre são os mais seguros. Há uma boa dose de risco em se colocar sob a Verdade. No entanto, o perigo é apenas para a tua parte mortal, sendo que a outra parte, a imortal, encontra ali seu porto seguro.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

As Ideias dos Náufragos

Compartilho um dos trechos mais profundos que já li em algum livro. Está no "Rebelião das Massas", de José Ortega e Gasset:

"O homem de mente clara é o que se liberta dessas ideias fantasmagóricas e olha de frente para a vida, e se conscientiza de que tudo nela é problemático, e sente-se perdido. Como isso é a verdade pura - ou seja, que viver é sentir-se perdido -, aquele que o aceita já começou a se encontrar, já começou a descobrir sua realidade autêntica, já está em terra firme. Instintivamente, como o náufrago, buscará algo a que se agarrar, e esse olhar trágico, peremptório, absolutamente verdadeiro porque se trata da salvação, o fará ordenar o caos de sua vida. Essas são as únicas ideias verdadeiras: as ideias dos náufragos. O resto é retórica, postura, farsa íntima".

Logo, comentarei esse trecho do livro.

sábado, 2 de outubro de 2010

Resposta de Marina apenas confirma Malafaia

Prometo que esta é a última sobre Marina Silva (isso está até parecendo obsessão).

O problema é que me incomoda ver cristãos, não votando nela, já que as opções não são tantas assim, mas a defendendo e a colocando como se ela fosse uma representante da cristandade brasileira.
Pois bem, se observarmos esta matéria que saiu no Portal IG, sobre os comentários da própria Marina sobre a mudança de voto do pastor Malafaia, podemos perceber o que ela realmente defende. Comento o que lá está publicado textualmente:

"As posições que eu assumi estão há mais de um ano sendo explicitadas"

Aqui, Marina não nega nada do que o Malafaia disse. Apenas coloca em dúvida as razões do pastor (o que a mim também me pareceu estranho). No entanto, o restante do texto diz tudo.

"Eu disse que casos de alta complexidade cultural, moral, social e espiritual como esses, deveriam ser debatido pela sociedade na forma de plebiscito"

Como boa relativista de esquerda, a candidata entende que mesmo questões ontológicas ou espirituais, como a vida humana, devem ser 'debatidas' e decididas pela sociedade. Aqui é mais uma prova que sua formação e ideologia são ainda muito superiores à sua fé. Para ela, a sociedade (no fundo o Estado) é a grande definidora das questões mais transcedentais. Isso é ou não é uma idolatria? Isso é cristianismo? Meu irmão, se você acredita que a sociedade tem autoridade para definir o valor da vida, ela terá autoridade para tudo, inclusive para fechar a sua igreja, inclusive para calar a sua boca. Desculpe-me, mas há coisas que a sociedade não tem competência (apesar de possuir um poder temporal) para decidir. Como cristã, Marina deveria, simplesmente, dizer que é contra o aborto, e ponto!

"A própria Marina disse que foi alvo desses boatos, que tentavam potencializar sua posições sobre temas polêmicos, tentando tachá-la de “conservadora” e “fundamentalista religiosa”.

Prestem atenção, e aqui há o descortinamento da verdadeira personalidade política de Marina Silva: ela não tem medo de ser vista como uma defensora do aborto, já que não levanta um sussurro sequer contra ele, mas treme diante do fato de ser tachada de fundamentalista religiosa e conservadora. Ser isto, para ela, é boato!!! Para mim, decididamente, seria um grande elogio!

Vocês estão procurando um representante cristão na presidência? Acho que acharam na pessoa errada.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Uma previsão profética

Antes de 1920, H. A. Ironside, pastor e teólogo canadense, escreveu em seus estudos sobre o Livro de Daniel, em relação à revelação da estátua de pés de ferro e barro: "Naquele dia, o ferro do poder imperial estará misturado com a olaria frágil do socialismo e da democracia, mas esses elementos não se ligarão um ao outro".

Aquele dia é o dia em que a pedra, o Messias, cairá sobre o último reino gentio, o qual estará formado já no tempo do Anticristo.

E o que vemos ser preparado em todo o mundo ocidental? São exatamente governos socialistas que, a despeito de toda história de despotismo e tirania, reverberam palavras democráticas, como se fossem eles os verdadeiros defensores da liberdade.

Então, sabendo que a remoção total da democracia formal não é viável, acabam por criar Estados socialistas com aparência de democracia. São  tiranias (ferro) de fato, no entanto, com aparência frágil de democracia (barro).

Alguém duvida que Ironside estava certo?